3 - PODEMOS AJUDAR, MAS, TODOS TEM QUE ENTRAR NA RODA

Enquanto a maioria das pessoas não se conscientizarem, os governantes se mostrarem avessos, e você continuar jogando aquele papelzinho na rua, não brigar pra manter a sua praia limpa – brigar mesmo -, não preferir ir a praia de bike ou busão ao invés de caranga, continuar não vendo as industrias, os condomínios e as casas que poluem sua praia ou qualquer outro lugar do seu meio ambiente, que especuladores imobiliários e governantes continuem demarcando terras e as comercializando sem o mínimo de estrutura para se viver, poluindo qualquer rio ou praia próximo e você faça que não viu.
Um exemplo clássico aconteceu na Praia do Rosa, em Imbituba. No apagar das luzes, abriram ruas e calçadas no lado norte da praia e já iam transformando em um loteamento sem a mínima infra-estrutura necessária num paraíso daquele. Detalhe; o preço dos terrenos era um absurdo. A galera se reuniu brigou e não deixou sair o condomínio. A justiça tardou, mas não falhou e a obra foi embargada. Ta só esperando as coisas se acalmarem para dar continuidade novamente. Mas como a praia já ta infestada de pousadas e casas, que com certeza algumas não tem o escoamento do esgoto apropriado e uma preocupação com a natureza, a coisa vai andando. Claro que todo mundo tem o direito de ser feliz. Mas podíamos pensar em termos a praia – ou qualquer outra praia ou local - preservada por mais uns 50, 100 anos, e não apenas uns 10 ou 15. É assim que funciona o mercado de “exploração extrativista” imobiliária. E como não fazermos nada – ou quase nada – vamos perdendo nossos maiores bens naturais
Por certo, deveriam dar como pena a quem colocou aquele elefante branco lá na praia do Rosa – ou em qualquer lugar que for comprovada destruição da natureza e de recursos naturais – a revitalização de toda a área que foi modificada. Mas parece que não será assim.
Então ficaremos na mesma.

Por Eduardo Rosa

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