Sobre a postagem de nosso camarada Maurio Borges no Alohapaziada e no Waves, acerca da época da tainha que iniciou-se esta semana, gostaria de colocar o meu bedelho também. Ou seja, dar a minha opinião. Todo surfista sabe que pescador é muito importante pra nossa formação surfística, por assim dizer. Sobre o tempo, as marés, os ventos... Quem é amigo de pescador ou esteve próximo a algum, sabe o quanto é útil informações repassadas por quem há mais tempo que nós, aprecia o mar e suas virtudes. E quando o assunto é, se vai chover ou trocar o vento, eles sabem com certeza. Até se o mar vai ficar "crespo" eles também sabem. É uma fonte inesgotável de informações climáticas a nossa disposição.
Apesar disso, nesta época que é a mais importante prá eles, aqui na região sul, acabamos sendo impassíveis com o próprio sustento deles. Que, claro, não acontece apenas nesta época do ano.
Não me critique antes de eu terminar esta nossa "prosa". É apenas minha opinião.
O Máurio nesta matéria conseguiu sair isento de qualquer opinião. O problema não está em nosso litoral de Santa Catarina, apesar que, desde o final da década de 80, tais acontecimentos começaram a acontecer por aqui com constância e mesmo com a soluçao ter acontecido inicialmente na praia de Imbituba, com o sistema de bandeiras e a conscientização geral da galera, o problema está mais embaixo. Mas, ainda sim os próprios pescadores são vítimas do problema real.
Acontece que, depois da crescente industrialização da pesca no sul do país, a partir de meados da década de 80, período em que se propagaram os problemas, a quantidade de tainhas que chega ao litoral catarinense é escasso comparado aos anos anteriores. É sabido que, esta espécia de peixe passa a maior parte do ano lá na Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul. Nesta época, elas saem de lá e vem até no litoral catarinense. Vinham em grande quantidade, mas agora a cada ano, vem se notando uma redução drástica em seu número. Por que? Pesca industrial indiscriminada na foz da Lagoa dos Patos. E os efeitos são sentidos aqui.
É claro que um, ou dois, ou tres surfistas não espantam um bando de tainhas. Mas 20, 30, 40 ou mais podem sim afastar uma malha de peixes do ponto mais próximo da praia, onde os pescadosres esperam, até dias, para que isso aconteça, e eles possam adentrar o mar e cercá-la. Assim sobrevive o pescador artezanal.
Podem me contrariar se for daqui. Agora, quem for de fora de nosso estado, não sabe o que se passa aqui, não pode opinar em causa alheia. Até mesmo os daqui, deveriam se informar mais.
Pego onda há mais de 20 anos, fui o precursor do sitema de bandeiras em Imbituba - junto com outros é claro -, e numa conversa simples, mas objetiva, com o senhor Joaquim, hoje falecido, mas, a época, lider dos pescadores de nossa cidade, chegamos a um acordo que até hoje persiste em dar certo.
Ficou decido inicialmente que os locais, Caluta, Gilnei e eu, seriamos orientados pelo senhor Joaquim, a baixarmos ou levantarmos a bandeira. Bandeira prá cima, peixe na área. Bandeira prá baixo, surfe liberado. O dois primeiros anos foram de adaptação, mas depois não houveram mais reclamações. Até hoje a harmonia impera na praia da Vila.
Não podemos medir se um tem mais razão que o outro. Apesar da classe pesqueira ser um pouco mais organizada que nós surfistas. Tanto é que, existe até defeso de algumas espécies como o camarão, em que nossos homens do mar recebem até sálario pra deixar de pescar, simplesmente para preservar a continuidade de cada espécie. O diálogo é a melhor alternativa. Mesmo parecendo ser uma arbitrariedade esta "época da tainha", podemos e devemos conviver em harmonia. Houveram, e ainda existem ecessos, mas, se fossemos mais organizados, poderiamos nos entender facilmente. É só uma opinião, mas serve para tentar resolver a situação em muitas praias que nesta época - assim como Imbituba -, quebram altas ondas. E se é isso que nos interessa, vamos dialogar. Não discutir, criticar e nos lamentar.
Apesar disso, nesta época que é a mais importante prá eles, aqui na região sul, acabamos sendo impassíveis com o próprio sustento deles. Que, claro, não acontece apenas nesta época do ano.
Não me critique antes de eu terminar esta nossa "prosa". É apenas minha opinião.
O Máurio nesta matéria conseguiu sair isento de qualquer opinião. O problema não está em nosso litoral de Santa Catarina, apesar que, desde o final da década de 80, tais acontecimentos começaram a acontecer por aqui com constância e mesmo com a soluçao ter acontecido inicialmente na praia de Imbituba, com o sistema de bandeiras e a conscientização geral da galera, o problema está mais embaixo. Mas, ainda sim os próprios pescadores são vítimas do problema real.
Acontece que, depois da crescente industrialização da pesca no sul do país, a partir de meados da década de 80, período em que se propagaram os problemas, a quantidade de tainhas que chega ao litoral catarinense é escasso comparado aos anos anteriores. É sabido que, esta espécia de peixe passa a maior parte do ano lá na Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul. Nesta época, elas saem de lá e vem até no litoral catarinense. Vinham em grande quantidade, mas agora a cada ano, vem se notando uma redução drástica em seu número. Por que? Pesca industrial indiscriminada na foz da Lagoa dos Patos. E os efeitos são sentidos aqui.
É claro que um, ou dois, ou tres surfistas não espantam um bando de tainhas. Mas 20, 30, 40 ou mais podem sim afastar uma malha de peixes do ponto mais próximo da praia, onde os pescadosres esperam, até dias, para que isso aconteça, e eles possam adentrar o mar e cercá-la. Assim sobrevive o pescador artezanal.
Podem me contrariar se for daqui. Agora, quem for de fora de nosso estado, não sabe o que se passa aqui, não pode opinar em causa alheia. Até mesmo os daqui, deveriam se informar mais.
Pego onda há mais de 20 anos, fui o precursor do sitema de bandeiras em Imbituba - junto com outros é claro -, e numa conversa simples, mas objetiva, com o senhor Joaquim, hoje falecido, mas, a época, lider dos pescadores de nossa cidade, chegamos a um acordo que até hoje persiste em dar certo.
Ficou decido inicialmente que os locais, Caluta, Gilnei e eu, seriamos orientados pelo senhor Joaquim, a baixarmos ou levantarmos a bandeira. Bandeira prá cima, peixe na área. Bandeira prá baixo, surfe liberado. O dois primeiros anos foram de adaptação, mas depois não houveram mais reclamações. Até hoje a harmonia impera na praia da Vila.
Não podemos medir se um tem mais razão que o outro. Apesar da classe pesqueira ser um pouco mais organizada que nós surfistas. Tanto é que, existe até defeso de algumas espécies como o camarão, em que nossos homens do mar recebem até sálario pra deixar de pescar, simplesmente para preservar a continuidade de cada espécie. O diálogo é a melhor alternativa. Mesmo parecendo ser uma arbitrariedade esta "época da tainha", podemos e devemos conviver em harmonia. Houveram, e ainda existem ecessos, mas, se fossemos mais organizados, poderiamos nos entender facilmente. É só uma opinião, mas serve para tentar resolver a situação em muitas praias que nesta época - assim como Imbituba -, quebram altas ondas. E se é isso que nos interessa, vamos dialogar. Não discutir, criticar e nos lamentar.
Eu adoro uma tainha frita. E você? Prefere assada? Ótimo, também gosto. Vai uma Tainha ai? Alguem aí já comeu tainha escalada? Sabe como é? Também é ótima.
Prontinha pra ir pro forno. Me deu agua na boca.
Por Eduardo Rosa
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Castro