Foto da balsa da expedição Ra I, construída por heyerdahl.
Promoveu ainda mais três expedições, intituladas, RA, RA II e TIGRES, utilizando os ventos e as correntes marítimas que insurgiam do sul da América do Sul até o litoral Equatoriano e se lançavam em direção a Ásia, conhecida como correntes de Rumboldt.
Foi mais além, e em tais empreitadas descobriu e evidenciou semelhanças entre as culturas polinésia e a peruana. A maior delas seria a extensa utilização de balsas muito parecidas com as que eram produzidas em solo sul americano e tinham como o diferencial o tipo de junco utilizado.
“Cinco séculos depois de Colombo, o espírito de aventura marítimo está vivo na Espanha. E assim se apresentou Kitin Muños, graças ao êxito da expedição da EL URU”, elogiou Heyerdhal. Costearam as Ilhas Galápagos e alcançaram as Ilhas Marquesas chegando até ao Tahiti, onde a lenda das viagens inter oceanicas está enraizada em sua cultura e vive nas tradições da ilha até os dias de hoje. Com 54 dias de viagem, a missão EL URU foi concluída com sucesso e de maneira feliz.
Depois ele partiu para a Ilha de Páscoa, em 96, para construir o que chamou de "Nave". E foi essa referência que ele utilizou para comparar o que os habitantes sul-americanos da época tentavam realizar, assim como hoje, em que a humanidade tenta explorar o universo para tentar chegar a outros planetas. Com o nome de MATA RANGI I – que no dialeto pascuense significa “olhos que tudo vê” ou “olhos do paraíso” –, o projeto de construção de um barco de época e a expedição foram batizados.
Na praia de Anakena, em Páscoa, onde o rei HOTU MATUA desembarcou de uma das balsas com três mastros, como foi esculpido no peito da estátua de RANO RARAKU, divindade polinésia, Kitin pretendia continuar a investigação começada pelas balsas KON-TIKI e EL URU e percorrer toda a Polinésia no intuito de provar a teoria da influência sul-americana nas Ilhas Polinésias. Seu feito, desta vez, não alcançou o êxito esperado e naufragou junto com o barco.
Kitin - a direita -, acompanhado dos representantes da UNESCO e nativos de cada região Sulamericana.
Mata Rangi II, em alto mar durante a expedição. O legado histórico destas pesquisas é imensurável.
Mata Rangi II indo ao mar em terras sulamericanas.
"Quiero probar que los paralelismos culturales, en distintos puntos separados por el mar, no son debidos a una coincidencia, sino a la influencia de unas culturas en otras mediante naves de juncos..."
"No me interesan las imprudencias. Los riesgos se asumen cuando sabes que tienes el conocimiento suficiente para afrontarlos...". Por Kitin Muñoz em entrevista. Clique para ver.
Sou fã destes dois camaradas, Thor Heyerdahl e Kitin Muñoz.
Continua numa próxima atualização...
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