A CAMINHO DO SURFE, MAS MUITO BEM SONORIZADO
Capa de um dos discos da banda Replicantes na década de 80. |
O surfe já não engatinhava
mais aqui no Brasil, enquanto lá fora, a explosão de bandas de surf music,
acontecia a todo vapor, e já embalavam as sessões de muito free surfer ou
competidor. E quem ia, sempre voltava com alguma novidade. Além de pranchas
gringas, neoprenes e outros acessórios, traziam também fitas K-7, que eram
reproduzidas e regravadas em velocidade e quantidades incontroláveis.
Surfistas gaúchos viajavam mais de 300 Km até Garopaba, ao som de bandas como TNT, em toca-fitas existentes a época.. |
Bandas ficaram conhecidas por aqui, mesmo estando do outro lado do mundo. E nem imaginavam no sucesso que faziam por estas bandas, entre a galera das pranchas.
Em meio à 'fumaça' da
novidade, alguns gaúchos reuniam-se para dar continuidade ao trabalho de
algumas bandas já existentes, que tentavam, de alguma forma, fazer rock num
estado tão cheio de tradições. Mas serviram de empurrão para que outros
conterrâneos, que viviam mais próximos do mar e das ondas, tentassem algo novo.
Surgia então, o surf Rock Gaúcho.
Os Garotos da Rua também faziam sucesso entre a galera do surfe a época. |
Mesmo com discos de vinil
já produzidos, em pleno território “gauchesco”, o que valia mesmo era ter uma
fita k-7 gravada, prá rolar no toca fitas do carro, já que vinil só se ouvia em
casa. As surf trips ficavam ainda mais emocionantes.
Já nos anos 90, a banda Off The Wall - que contava com Manglio
Bertolucci, um dos maiores expoentes do surfe gaúcho - tentou resgatar novamente as raízes da surf music no Rio Grande do Sul. |
Antes do final dos anos 80,
já eram ouvidas em outras partes do Brasil, já que grandes campeonatos de surfe
atraíam a atenção da galera aqui pro sul. E assim, o surf rock gaúcho ficou
conhecido no resto do Brasil. E até hoje, tem gente reclamando da falta de opções em solo nacional.
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