Registros do Capitão James Cook no Século XVII pode não ser o indício
mais antigo
Nativos sul americanos ainda mantém a tradição de fabricação de balsas de junto de totora. |
Se há alguns anos atrás, alguém nos perguntasse, se o Capitão James Cook, exímio desbravador dos mares no século XVII, houvesse registrado ‘os primeiros’ indícios de algum ser humano deslizando sobre as espumas das ondas em alguma ilha perdida no oceano, com um pequeno barco, que para nós, hoje, mais pareceria com uma prancha, era até possível de se acreditar. E isto tudo está registrado lá no diário de bordo de Capitão Cook. Hoje, não mais...
Há pouco mais de 50 anos atrás,
alguns pesquisadores começaram a fazer tantas descobertas em solo
latino-americano, principalmente no Chile e no Peru, que já se está cogitando
em mudar a história mundial. Entre elas, estão achados que podem ser
direcionadas ao surf, e mudar sua história também.
Capitão James Cook, que relatou os primeiros indícios de um ser humano sobre as ondas. |
Muita gente que pega onda, já ouviu
falar que o surf pode ter suas raízes no continente sul-americano. Mas nunca
ninguém parou para uma análise profunda e criteriosa. Algumas surf trips,
realizadas por aventureiros e fotógrafos, trazem na volta indícios, como
fotografias e histórias que remetem há muito tempo atrás, quando outras
civilizações habitavam essas bandas.
Fotos de balsas de junco de Totora – um tipo de haste semelhante às gramíneas que crescem, em geral, nos alagadiços -, que divertem turistas em várias praias do Peru, os quais nem imaginam tamanha história que elas carregam consigo. A grande maioria dessas balsas, ainda é fabricada por nativos que trazem técnicas milenares na fabricação destes artefatos, e não abdicam desta raridade passando para as gerações seguintes está prática. Sabem que detém um vasto e rico arquivo histórico nas mãos, e poucos que não fazem parte desta pequena e ainda existente civilização conhecida como Aimaras, tiveram o privilégio de conhecer estas técnicas.
Fotos de balsas de junco de Totora – um tipo de haste semelhante às gramíneas que crescem, em geral, nos alagadiços -, que divertem turistas em várias praias do Peru, os quais nem imaginam tamanha história que elas carregam consigo. A grande maioria dessas balsas, ainda é fabricada por nativos que trazem técnicas milenares na fabricação destes artefatos, e não abdicam desta raridade passando para as gerações seguintes está prática. Sabem que detém um vasto e rico arquivo histórico nas mãos, e poucos que não fazem parte desta pequena e ainda existente civilização conhecida como Aimaras, tiveram o privilégio de conhecer estas técnicas.
As correntes de Runbolt no meio do Pacífico Sul. |
Duas destas privilegiadas pessoas
realizaram grandes comprovações históricas e científicas, através de indícios
milenares, que estão sendo aos poucos desvendados. Ainda no período da Segunda
Guerra Mundial, quando Thor Heyrdhall, um explorador norueguês estudioso da
história Viking pelos mares Nórdicos, e atraído por indícios que a civilização
Aimara - nativos da região do lago Titicaca, ao sul do Peru -, poderiam ter
sido os primeiros desbravadores dos mares, veio até ao continente
sul-americano, para entender que o burburinho
num pequeno meio cientifico histórico, poderia ser realmente verdade.
Embarcou numa das mais ousadas e intrépidas aventuras jamais realizadas até então. Construiu junto com nativos peruanos, uma espécie de balsa de junco de Totora e madeira, o qual foi batizado de KON TIKI. Queria, então, provar que as antigas civilizações peruanas tinham tecnologia suficiente para atravessar o Oceano Pacífico, e chegar até as Ilhas Marquesas, na Polinésia. Durante 101 dias, fez aportes em desabitadas ilhas do Pacífico Sul, provando, assim, a teoria de milenares navegadores sul-americanos.
Embarcou numa das mais ousadas e intrépidas aventuras jamais realizadas até então. Construiu junto com nativos peruanos, uma espécie de balsa de junco de Totora e madeira, o qual foi batizado de KON TIKI. Queria, então, provar que as antigas civilizações peruanas tinham tecnologia suficiente para atravessar o Oceano Pacífico, e chegar até as Ilhas Marquesas, na Polinésia. Durante 101 dias, fez aportes em desabitadas ilhas do Pacífico Sul, provando, assim, a teoria de milenares navegadores sul-americanos.
Thor Heyerdhal, o primeiro a realizar comprovações cientificas sobre viagens oceânicas milenares. |
Promoveu ainda mais três expedições,
intituladas, RA, RA II e TiGRES, utilizando os ventos e as correntes marítimas
que insurgiam do sul da América do Sul até o litoral Equatoriano e se lançavam
em direção a Ásia, conhecida como correntes
de Rumboldt.
Foi mais além, e em tais empreitadas descobriu e evidenciou semelhanças entre a cultura polinésia e a peruana. A maior delas seria a extensa utilização de balsas muito parecidas com as que eram produzidas em solo sul americano e tinham como o diferencial o tipo de junco utilizado.
Foi mais além, e em tais empreitadas descobriu e evidenciou semelhanças entre a cultura polinésia e a peruana. A maior delas seria a extensa utilização de balsas muito parecidas com as que eram produzidas em solo sul americano e tinham como o diferencial o tipo de junco utilizado.
O Ra II, construído por Thor. |
Toda esta história será contada em mais dois capítulos,
para assim tentar apresentar todas as evidencias hoje existentes, relacionadas
diretamente ou não, com o chamado “esporte dos deuses’. Para o surfe nosso de
cada dia são informações valiosíssimas, e poder imaginar que o esporte que
praticamos - e que poderá estar presente
em alguns dos próximos Jogos Olímpicos - pode sim ser um esporte milenar.
Livro Kon Tiki, onde Thor Heyerdhal conta suas experiências sobre uma de suas viagens em uma balsa de totora. |
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