POLITICAMENTE OU NÃO, GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA TERIA DISPONIBILIZADO
APENAS 1/3 DO VALOR PRÉ-ESTABELECIDO
A ASI – Associação de Surf Imbitubense – e a FECASURF estão
dependendo de uma decisão do Governador do Estado de SC, para confirmar a
realização do Prime em Imbituba, em outubro deste ano. O complicado de depender
de “verba pública” para realização de um evento deste porte é que, em períodos
de eleição como agora, dependo de quem o Governador estiver apoiando para
concorrer à determinada Prefeitura, a “torneira” pode ou não continuar aberta para
determinados fins.
A decisão do Governo de Santa Catarina em disponibilizar
apenas 1/3 do valor, que lhe caberia para apoiar este importante evento,
desestabilizou os organizadores na confirmação ou não de sua realização do Prime.
Segundo Katz Fernandes, presidente da ASI, “estamos correndo contra o tempo e estávamos
contando que o Governador não desse para traz, como nunca fez em outros anos,
desde quando o WCT acontecia por aqui. Infelizmente já começamos a pensar em um
plano “b” para tentar viabilizar esta etapa.”
Da esq. para dir.: Fred Leite (presidente da Fecasurf), Katz Fernades (presidente da ASI) e o prefeito de Imbituba Beto Martins estão empenhados em não perder a etapa Prime em Imbituba em 2012. |
Apesar deste percalço, todos acreditam que o Prime deverá acontecer com ou sem o apoio do Governo de Santa Catarina. O tempo é curto - apenas quatro meses - para definir e preparar a etapa, mas, perder um dos três eventos Prime que acontecem no Brasil, de um total de apenas nove etapas, seria mesmo preocupante. Segundo o prefeito de Imbituba, Beto Martins, "o mais importante é, a partir de agora, definir prioridades, estabelecer metas e aprimorar ainda mais as competições na cidade em 2012."
Politicamente falando, o que antigamente era uma contribuição, que o poder público direcionava para alguns eventos, hoje passou a ser uma necessidade para realizar qualquer campeonato. Apesar de ser de extrema importância para o Estado e município, o maior interessado em patrocinar um evento deste porte seriam as grandes marcas do surfe.
Dividir com o poder público esta responsabilidade ou deixa algumas marcas de surf interessadas de fora, ou demonstra que o mercado do surfe brasileiro não está indo tão bem assim, ou ainda, mostra o quão oneroso e caro é realizar um campeonato deste aqui no Brasil.
Por Eduardo Rosa
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