SORTE
OU REGULARIDADE? MESMO SEM VENCER NENHUM EVENTO, PARKINSON É O MAIS SÉRIO
CANDIDATO AO TÍTULO
O
tantas vezes campeão, o norte americano Kelly Slater, vai seguindo a sua saga
de estar próximo de mais um título mundial, no auge dos seus 40 anos de idade. E
mesmo com três vitórias contabilizadas em 2012 – Fiji, Trestles (EUA) e França
-, não é ele quem lidera o ranking WCT. Seus resultados medianos em outros
eventos, e a não participação na etapa brasileira do World Champioship Tour, no
Rio de Janeiro, o colocam como vice-líder a 5500 pontos da liderança.
Já
o australiano Mick Fanning, que vive uma situação parecida com a de Slater,
liderou, por um breve período, o circuito deste ano. Com duas vitórias – em Bell’s
Beach (Austrália), e em Teahupoo, (Tahiti) -, ainda pode ser apontado como candidato
ao título se a sua arrancada inicial ainda não estiver se apagando. Nas duas
últimas etapas – França e Portugal -, conseguiu duas colocações ingratas - um 13º
e um 9º lugar -, para a performance que vinha apresentando, e que o colocaram
na terceira posição do ranking.
Kelly Slater busca seu 12º Titulo Mundial |
Além
de Slater e Fanning, o havaiano John John Florence, bem que tentou chegar à
final em Peniche, Portugal, e vencer, melhorando ainda mais suas chances ao
título em 2012. Está a 8350 pontos do líder, e precisa de uma vitória nas duas
últimas etapas do WCT 2012, para criar uma real situação de título, seja em
Santa Cruz (EUA), ou em seu território, no Hawaii. Apesar de estar no meio de
uma briga de “cachorro grande”, o não mais novato John John, não se intimida,
pois sabe que em Pipeline poderá vir sua consagração.
A
partir da quinta colocação no ranking, em que está o brasileiro Adriano “Mineirinho”
de Souza, as chances de um título neste ano são pequenas. Mineirinho precisaria
de duas vitórias e uma combinação desastrosa de resultados dos atuais líderes.
Chances existem, mas a diferença de pouco mais de 15.000 pontos, que o separam do
líder, diminuem suas chances de concretizar este fato.
John John tenta uma vitória para levar a disputa do título para o Hawaii. |
Agora,
ao falar da liderança no Circuito Mundial de surfe, neste momento, só separando
ou juntando dois fatores: sorte e regularidade. Sem, ao menos, ter vencido uma
etapa do WCT neste ano, o australiano Joel Parkinson chega a Santa Cruz, na Califórnia,
na lendária onda de Steamer Lane, para disputar o O’neill Coldwater Classic, de
1º a 11 de novembro, precisando muito mais da sorte e de seu potente surfe, do
que da regularidade que vem tendo até então. Ou seria o inverso?!!
A
diferença apertada entre os quatro primeiros colocados do ranking demonstra bem
o atual momento de Joel. Aos 31 anos de idade e há 12 anos na primeira divisão
da ASP, Parkinson nunca venceu um Título Mundial, apesar de ter finalizado em
oito ocasiões entre os cinco primeiros colocados. Apesar de ter estado tão
perto do título em todas estas ocasiões, em 2010 ele deu uma desanimada e quase
ficou fora do WCT.
Adriano de Souza tem poucas chances de chegar ao Título em 2012. |
Mas
voltou ano passado com força máxima e quase levou o título numa situação
parecida a de 2012, com o diferencial que já tinha uma vitória contabilizada no
começo da temporada. E manteve, neste ano, toda a carga polarizada do ano
passado. Joel está predestinado, mas a vitória parece não querer sorrir pra
ele.
Nas
suas colocações, nas oito etapas realizadas em 2012, não esteve abaixo dos nove
primeiros. Três segundos, três terceiros, um quinto e uma nona colocação. O seu
tão perseguido e aguardado título está apenas a uma vitória para acontecer. A
sorte pode não contar tanto quanto sua determinação em Santa Cruz e Pipeline.
Medina teve toda as atenções em 2012 dentro e fora d'água. 2013 pode ser seu ano do Titulo Mundial. |
Apesar
de todo imbróglio criado durante a etapa de Portugal, com a polêmica nota dada
na final, em Supetubos, ao australiano Julian Wilson, ao vencer o brasileiro Gabriel
Medina, o Mundial da ASP segue em frente. E para os que não agüentam mais ver Slater vencendo,
está aí uma ótima oportunidade de assistir algo diferente ao final de um ano,
senão o mais vezes campeão vencendo novamente.
Por
Eduardo Rosa
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