PRAIA DO CAMPECHE PERDE UM DE SEUS EXEMPLOS DE VIDA
De mãos dadas, locais do Campeche rezam por Neném. Foto: AG.. RBS |
Durante um tradicional evento realizado pela Associação de Surfe da praia do Campeche, em Florianópolis, o 24º Surfoco 2013, uma séria movimentação na praia chamou a atenção de banhistas e competidores.
Por volta das 09:30 horas, soldados do Grupo de Busca e Salvamento (GBS) retiraram da água já desacordado, Claudio Elio Fautino, de 39 anos, mais conhecido entre os locais como Neném.
Neném pouco antes de vir falecer durante o 24º Surfoco 2013. Foto: Rangel Armando/Divulgação. |
Longos 50 minutos se passaram enquanto os salva vidas tentavam reanima-lo, enquanto seus amigos, que participavam e trabalhavam no evento, faziam preces pela vida de Neném. Neste período, foi acionado o Helicóptero do Corpo de Bombeiros, que deram continuidade a tentativa de reanimação com desfibrilador cardíaco.
Segundo um dos bombeiros que fizeram o atendimento a Cláudio, seu coração chegou a bater algumas vezes, mas parou novamente e não mais voltou. Neném participava de eventos na praia do Campeche sempre que podia. Formado em Advocacia, estava mais presente a praia nos últimos tempos incentivando e treinando seu filho em campeonatos de surfe.
Grupo de Busca e Salvamento retirando Neném da água. Foto: AG. RBS |
O filho de Neném, Bernardo Faustino, também estava na praia no momento do incidente. O menino se preparava para participar do campeonato na categoria iniciante. Durante a tentativa de salvamento do pai, ele foi retirado do local.
O laudo pericial preliminar indica morte por afogamento. O laudo final deverá ser divulgado até o final do mês. De acordo com amigos, Neném teria passado a madrugada no trabalho e chegado na praia direto para a competição.
A chegada do helicóptero do Corpo de Bombeiros para continuar a tentativa de salvamento de Neném. |
Segundo Ataíde Silva, ex presidente da ASC e um dos amigos de Neném, "...surfava aqui desde pequeno. Depois, se dedicou muito aos estudos... ... fez Direito, passou na OAB. Era membro as Associação de Surfe do Campeche. Era pai responsável e estava treinando o filho, amarradão. Ensinava as manobras, era exigente. Cobrava o filho até demais. A gente brincava que o filho ia ficar melhor do que ele. Se cuidava muito, o que aconteceu foi uma surpresa."
Por Eduardo Rosa
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