HISTORIADORA ENCONTRA VESTÍGIOS ARQUEOLÓGICOS NAS DUNAS DA RIBANCEIRA, EM IMBITUBA, SC

ELIZABETH KIELING, REVELA QUE DESCOBERTAS NAS DUNAS DA RIBANCEIRA, PODEM REMONTAR A MAIS DE 4000 ANOS.

Elizabeth demonstra preocupação com o possível fim das dunas da Ribanceira, em Imbituba, e a perde de um material arqueológico imensurável para as futuras gerações. Foto: Reprodução/S OS Dunas da Ribanceira.. 


Professora e historiadora Elizabeth Kieling, residente da praia da Ribanceira, em Imbituba, denuncia a presença de vestígios arqueológicos nas dunas da Ribanceira, onde nos últimos anos vêm ocorrendo a retirada indiscriminada de areias de um do maiores patrimônios da região.

Também relata o descaso de órgãos públicos com o assunto, e a total responsabilidade da mineradora, que retira areia das dunas, pela perda de um patrimônio ambiental, ecológico, arqueológico e cultural.

Sensibilizada com o fato, há cerca de 10 anos Elizabeth luta, incessantemente, para tentar motivar autoridades a preservar as enormes dunas da Ribanceira, e fazer com que seus estudos sejam valorizados, se propondo a, voluntariamente, juntar todo este material para criar um museu arqueológico na cidade, para toda a região sul.

Elizabeth participou do 'Abraço Simbólico' as dunas da Ribanceira - dia 06/10 -, e a cerca de uma década luta pela preservação do local. Foto: SOS Dunas/João Batista Coelho Júnior.

Além disso, neste vídeo, ela aproveita para fazer uma catalogação das peças das quais estão em seu poder, que podem chegar a ter mais de 4000 anos, e que são a prova, que populações ancestrais, viveram na região das dunas da Ribanceira, bem como em várias outras regiões de Imbituba.

O restante do material encontrado, ela entregou a UNISUL, em Tubarão, para serem resguardadas e estudadas pelos universitários, e apresentadas para humanidade.

O sentimento de impotência fica visível ao ver Elizabeth comentar que, no local onde foi encontrado um importante acampamento 'sambaqui', onde acontece a retirada de areia por uma mineradora, com várias peças muito antigas, pouco tempo depois, o local exato foi encoberto com uma camada de pedregulhos, e que ela 'não entende' o motivo para isso.



Nessa primeira parte, de uma longa e importante entrevista, Elizabeth Kieling mostrou não estar só preocupada, mas emocionada com o triste fim que está sendo dado a um patrimônio tão importante para a região de Imbituba. E a total falta de noção de quem libera este descaso.

Por Eduardo Rosa

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