REGÊNCIA, UMA DAS ONDAS MAIS PERFEITAS DO BRASIL, AGORA PRESERVADA!!
Regência. Revista Surfar, edição 27 |
A frase acima - no título da postagem - é comum a todos que não passaram por esse perrengue. Ou se passaram, nunca se mexeram. Fred d'Orey, louvavelmente, já havia cantado a pedra, ainda em 2013, e ainda que tardiamente, em sua coluna Outras Ondas, na Revista FLUIR.
Todos serão prejudicados se nada for feito. É um dos esportes que mais depende da natureza - senão o maior dependente -, e o menos interessado. Advogados, administradores, biólogos, oceanógrafos, engenheiros, médicos, gerentes, matemáticos, jornalistas, artistas, políticos - sim, administração pública agora também é profissão -, uma gama infindável de profissionais e técnicos, ou mesmo professores, que abusam dos seus fins de semana livres para degustar deste esporte. Surfista, hoje, também é profissão.
Mas, nem todos agradecem, reverenciam, ou mesmo pensam, até quando tudo isso vai durar? Mesmo já percebendo as 'garras' do desenvolvimento desenfreado chegando até seus principais picos de surf, se aleijam por um 'esconderijo' o mais perto possível da praia, e de suas ondas, mesmo que sirva só para um fim de semana.
Por que não preservar? Regência, (ES). Foto: Só no Surf. |
Esse sonho coletivo e comum a vários surfistas - ou não -, ajuda a alimentar, sem perceber, a armadilha que desencadeia as construções irregulares, a sujeira dos rios e lagoas, a falta de saneamento - ainda que básico -, o excesso de lixo - nas cidades e nas praias -, a falta de educação, a exploração desenfreada de recursos minerais e hídricos, e por ai vai...
Não esqueçam que o surfista é um dos principais descobridores de alguns dos muitos paraísos que existem pelo mundo. E vários deles, hoje, estão no caminho da degradação completa. E que aqui no Brasil, essa antes 'teoria' do surfista alinhado - exatamente - com a natureza, já caiu por terra faz tempo.
Os surfistas, que também são empresários, diretores, engenheiros, políticos, etc, caem todos os dias no 'conto do vigário', e mesmo se sentindo parte daquele lugar, também são parte do problema. Não por querer estarem perto da 'Mãe Natureza', mas por nada - ou muito pouco - fazer para, ao menos, ajudar e apoiar os poucos que lutam incansavelmente sem recursos financeiros - inclusive -, para manter o equilíbrio, ao menos das praias.
Fica o recado que, não custa lembrar, sendo parte do processo, então também, são parte do problema. Mais do que isso, por ser um dos maiores interessados. O exemplo de Regência, uma das melhores e mais longas esquerdas do Brasil - um paraíso de ondas, por que não dizer -, no estado do Espírito Santo - bem no centro do litoral do país -, é um exemplo emblemático e, por que não dizer, incomum.
Talvez mesmo, seja a 'classe' mais desunida que exista. E a menos preocupada. E deveria estar no sangue, que muitos se envaidecem dizer que, "corre também água salgada".
Matéria Waves, sobre a vitória em Regência, Clique aqui.
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